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Mano Savi - Mais uma da sessão ainda me lembro



DENTES
Dentista também era artigo de luxo naquele naqueles tempos. O pessoal da CSN tinha dentistas conveniados com o sindicato dos Mineiros. No nosso caso, a salvação era o Sr. João Sonego em Treviso. Eu deveria ter perto de 7 anos, estava na idade de trocar os dentes, sair da dentição decídua, naqueles tempos, “dente de leite”, para a dentição definitiva. O dentista do Sindicato costumava dar uma “fuginha” no meio da tarde para fazer um lanche na Venda dos Savi no Rio Fiorita. Numa dessas, meu saudoso Pai, Seu Gialdino, falou com ele sobre meus dentes que estavam moles e em breve cairiam. Ele gentilmente deu uma olhadinha superficial e pediu para que eu fosse ao consultório no final do expediente. Fui lá e voltei para casa com cinco dentes embrulhados num guardanapo. A noite veio, e com ela aquela febre perto do 40 ºC. Naquela semana não foi possível comer minestra, foi capilé bem gelado com balachão Araré, alternando com bolacha Maria até o dia que baixou a febre e cicatrizou a gengiva. No dia seguinte a efeméride, quando o dentista foi fazer o tradicional lanche da tarde, meu Pai, perguntou:
- Quanto foi o serviço?
- Não foi nada não.
Meu Pai então deu de presente duas pernas de salame e uma roda de queijo colonial.

Essa é mais uma passagem que permanece viva no meu subconsciente, e me remete a infância no Rio Fiorita.

Mano Savi

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